quinta-feira, novembro 25, 2004

Eu teria muitas coisas para escrever, mas não sei ainda se devo.
Sabe? muitas coisas têm circulado a minha cabeça, e nenhuma parece parar para me deixar analisar.
Acho que deveria pedir algum tipo de desculpas pelo último post (que eu acabei tirando depois de um dia). Não deveria ter postado, simplesmente porque não me importa mais. É uma questão que provavelmente vai perambular pela minha cabeça, mas realmente não me importa. Simplesmente passou. E não faz falta.
O que importa mesmo agora é o seguinte: estou com muito medo.
Não sei se é minha última loucura mental, se é TPM, se é preguiça ou simplesmente não me aceitar, mas acho que meu irmão está muito magoado comigo.
Se eu estou com receio, é porque eu dei motivos, quer ele saiba ou não. Acho que ele não sabe, mas tem sérios motivos (e se deixar na reta, provas) para acreditar.
É muito dificil... nunca tinha me deparado com uma situação como essa... ter de optar entre lutar pela minha felicidade ou seguir o que meu irmão (e provavelmente todo o meu núcleo familiar) espera de mim.
Tenho penado, mas acho que finalmente eu vou optar por mim. Acho que nunca fiz isso ne minha vida, mas ta na hora. Se ele ou minha família realmente me amam como dizem, vão ter que engolir.
Afinal... putz, ja tô com 23 anos na cara. Ta na hora de eu saber o que quero e como agir. É sempre fácil se esconder atras de conceitos e preconceitos dos outros, mas assumir pensamentos e sentimentos custam muito mais do que se espera... e mais, são capazes de gerar inúmeros "pós-conceitos" extras.
Mas quer saber? Acabou!
Qualquer drama agora tem que ser meu, e não meu por tabela ou por maioria de votos. Meu pé, meto ele na jaca que eu escolher.
E tenho dito!

quarta-feira, novembro 10, 2004

Bem, vou dizer exatamente o que acabei de dizer para a super Grazi, aqui do meu lado: agora é o típico momento em que preciso escrever alguma coisa, indiferente do que for.
Talvez seja a situação (estamos fazendo a roupa dela de material alternativo, super complicada, e que deverá ser desfilada amanhã; ou melhor, TEM DE SER), ou a música (afraid to shoot the strangers, Iron Maiden)... só sei que não é tédio isso. É apenas uma reconsideração de vida.
Acho que quando nada está satisfatório, a gente tem de mudar.
E é complexo... muito complexo.
Hoje saímos tomar um café com uma amiga (não tenho sitado nomes aqui... o da Grazi entrou por equívoco), e ela veio me dizer como eu mudei... só que fazia três ou quatro semanas que a gente não se falava...
Acho que mudei, mesmo. Minha cabeça voltou ao lugar (ou saiu de vez, ainda não sei ao certo); esses dias, um novo amiguinho veio me dizer que eu tinha que falar sobre essa fase adolescentóide que eui to, e talvez seja a hora...
Não sei se é fase adolescentóide, mesmo. Acho apenas que perdi as restrições que uma sociedade, que talvez eu esteja vendo hoje como hipócrita, me impõe.
Hoje, a coisa é simples: faz bem, to topando; faz mal, piquei a mula. Indiferente? As vezes rola.
Isso, em diversas situações. Amizades, graças a Deus, não me têm sido insatisfatórias (claro que toda regra tem excessões), e essa fase adolescentóide, claro, tem me ajudado.
Não sei se essa coisa de brincar todo domingo com amigos do meu irmão (que, inclusive, parece meio ridículo, mas ja considero-os, em grande parte, meus amigos) e com meu irmão, claro, meu melhor amigo de todos os tempos, não tem me favorecido mudanças. Pelo menos, acho que estou encarando o quanto preciso desse laço familiar; bem como amo etnias diferentes. Odeio como anda todo mundo igual. E como a maioria é homem, me sinto muito mais a vontade, afinal, mulheres andam tão enjoadas...

Hoje assumi minha postura porto-alegrense de vez, que tinha perdido grande parte em Caxias. Eu vou encarar meus impulsos, e fugir deles também, porque eu sou assim; ta na hora de encarar.

Acho que tudo ta andando, mesmo que eu não saiba para aonde... e o lado bom disso é: eu não tenho medo! Talvez essa impetuosidade, sim, seja a tal fase adolescentóide. Acho, inclusive, que não é uma regressão, e sim, uma evolução. Eu tava me sentindo deslocada, e agora parece que tudo se reloca em mim mesma...

... e que bonito isso...
hihihihihihihihihiihih

quinta-feira, novembro 04, 2004

Bem, acho que a coisa tem que ser bem rápida hoje.
Ansiedade tem me matado. Ânsia por tudo: vida, morte, trabalho, preguiça.
Talvez seja apenas uma fase; talvez seja uma sinopse de vida inexistente.
Não sei. Apenas não sei.

Sei que tem valido a pena se esforçar por alguma coisa; não sei ainda pelo quê, mas vale a pena.
A espectativa de se esforçar por si mesma é uma garantia de amor próprio, tantas vezes recluso, ou até inexistente.

E, como disse, hoje a coisa é muito corrida. Em duas horas vou para a rodoviária, numa viagem que é uma luta por mim mesma... ou pelo menos, pela minha sanidade. Acho que faz bem de vez em quando.

E, finalizando, um "poema" que ouvi muitos anos atrás, e meu amigo acabou de me relembrar. Ele, problemático como eu, foi o único que se prestou a decorar...

Eu sou uma fruta gogóia
Eu sou uma mosca
Calungo de louça
Eu sou uma jóia